Cirurgia da Coluna Cervical
Doenças da coluna cervical são comuns, principalmente com a vida moderna com uso de computadores, tablets e celulares provocando postura inadequada, causando o aumento de desgaste do disco e hérnia cervical, com compressão do nervo e medula cervical.
Dessa forma, quando há indicação cirúrgica, realizamos cirurgia minimamente invasivas por pequenas incisões, retiramos a hérnia com descompressão da medula e nervo utilizando as mais modernas próteses como cages stand alone (não precisa da placas) e discos cervicais artificiais.
Cirurgia da Coluna Lombar
A cirurgia da coluna lombar é um procedimento realizado para tratar condições que afetam a região lombar da coluna vertebral, como hérnias de disco, estenose espinhal, espondilolistese ou deformidades da coluna vertebral.
O objetivo da cirurgia é aliviar a pressão sobre os nervos espinhais ou estabilizar a coluna vertebral. Existem diferentes técnicas cirúrgicas disponíveis para a coluna lombar, incluindo:
- Discectomia: remoção de uma parte ou do disco intervertebral inteiro que está comprimindo o nervo espinhal;
- Laminectomia: remoção do arco ósseo da vértebra (lâmina) para aumentar o espaço para os nervos espinhais;
- Fusão espinhal: união das vértebras adjacentes com a ajuda de um enxerto ósseo para estabilizar a coluna vertebral;
- Dispositivos de fixação vertebral: uso de parafusos, hastes ou placas para fixar as vértebras adjacentes e estabilizar a coluna vertebral.
O tipo de cirurgia a ser realizada depende da causa da dor nas costas, da gravidade dos sintomas e do estado de saúde geral do paciente. É importante que o paciente discuta os prós e contras da cirurgia com seu médico e siga as orientações pré e pós-operatórias para garantir uma recuperação adequada
Eu Dr. Paulo Cortez e minha equipe do CSC, sempre quando possível optamos por técnicas menos invasivas como a cirurgia via anterior (ALIF) ou via lateral (LLIF OU ATP), são cirurgia com menores incisões, menor perda de sangue e que permitem ao paciente ter uma recuperação melhor.
Cirurgia lateral da coluna (XLIF, LLIF, DLIF, OLIF)
A cirurgia lateral da coluna é uma técnica menos invasiva e pode ser realizada tanto na coluna
lombar como na torácica. Nesse tipo de cirurgia, o cirurgião acessa a coluna pela lateral do
paciente, tendo como objetivo, assim como a grande maioria das cirurgias de coluna, promover
a descompressão de estruturas nervosas e artrodese vertebral com alinhamento da coluna e
posterior fusão óssea, mas, por ser menos invasiva, permite uma recuperação mais rápida ao
paciente e um retorno às atividades mais breve.
A cirurgia lateral tem a grande vantagem de permitir o acesso à coluna por incisões menores com
o menor dano muscular e realizar maior discectomia, que é a retirada do disco doente, o que
permite a introdução de implantes maiores, denominados Cages, próteses que servirão como
espaçadores entre duas vertebras no lugar do disco doente desgastado; e isso promove uma
descompressão das estruturas nervosas e artrodese da coluna com uma recuperação mais precoce
do paciente com menos dor no pós-operatório.
Normalmente, é necessária uma complementação posterior como fixação da coluna por parafusos
pediculares de forma percutânea com incisões pequenas e leve afastamento muscular. Diferente
da cirurgia posterior tradicional, que são incisões maiores com maior afastamento muscular, que
pode causar mais dor no pós-operatório
Acesso lateral à coluna por incisões pequenas
Os benefícios da cirurgia lateral são:
•Menos invasiva
•Menor incisão
•Menor cicatriz
•Menor dano muscular
•Menor sangramento
•Maior discectomia
•Maiores implantes (Cages)
•Menor índice de infecção
•Menor índice de fibrose
•Melhor recuperação
•Menor dor pós-operatória
•Alta mais breve
A cirurgia lateral é realizada com o paciente em decúbito lateral, ou seja, deitado de lado, comumente o
lado esquerdo para cima, é feita uma incisão pequena na pele, cerca de 5cm, o tamanho da incisão vai
depender do tipo de paciente e quantos níveis da coluna serão operados. Através de afastadores especiais
sem corte na musculatura é acessada a coluna vertebral e o disco vertebral.
Após confirmar o nível da coluna com uso de radiografias é realizada a ressecção do disco doente, que é
uma das fontes de dor, o que permite a introdução de maiores próteses (Cages), favorecendo o ganho de
altura discal e a abertura do forame neural, que é o espaço pelo qual os nervos saem da coluna,
ocasionando a descompressão destes e aliviando as dores radiculares (dores de compressão do nervo).
Como há colocação de maior Cage, promove-se a correção do desalinhamento da coluna e maior
estabilidade com maior índice de artrodese da coluna, assim, garantindo melhor correção cirúrgica e
um melhor resultado da cirurgia.
A cirurgia é realizada com menor incisão possível, menor dano muscular e menor tempo de internação,
permitindo uma recuperação melhor e o retorno mais rápido à rotina sem dor e com qualidade de vida.
Uso de afastadores especiais com remoção
do disco doente e colocação de Cages
nos espaços discais.
Meu caso tem indicação para a cirurgia LATERAL?
Existem muitas variáveis, que nós, médicos, temos de avaliar para indicar um tratamento cirúrgico e
qual a melhor técnica para cada paciente, sendo assim, somente com uma avalição física e de exames
de imagens, poderemos indicar se o procedimento lateral é o melhor para você.
Normalmente, as indicações para cirurgia lateral se dão quando desejamos uma descompressão dos
nervos, alinhamento da coluna e artrodese da coluna, como nos casos de doença degenerativa discal,
escolioses, listeses e estenose de canal. Comumente é realizada nos níveis lombares acima do nível
lombar L5S1.
Há riscos envolvidos?
Sim, como todos os procedimentos cirúrgicos, apresenta riscos e possíveis complicações que
são importantes e devem ser discutidos e esclarecidos com seu médico antes de sua cirurgia.
Seguir a orientação dele antes e depois da cirurgia ajudará a garantir o melhor resultado.
Os riscos associados ao procedimento lateral incluem: paresia (fraqueza) do músculo psoas,
podendo causar dificuldade em levantar a coxa, principalmente à esquerda devido ao acesso
transpsoas (pelas fibras do músculo psoas), normalmente é uma fraqueza temporária que
apresenta recuperação total, lesão dos nervos do plexo lombar, principalmente do nervo femoral,
dano nos vasos sanguíneos, que podem causar sangramentos, hérnias incisionais ou abaulamentos
do abdome, problemas intestinais, problemas com o dispositivo (Cage), déficit ou danos na medula
espinhal, nos nervos, podendo resultar em paralisia ou dor.
Como as demais cirurgias da coluna, existem outras complicações possíveis associadas como
pseudoartrose, que é a não fusão óssea causando dor, infecções da cirurgia ou outros tipos de
nfecções como pneumonia, complicações respiratórias ou abdominais, problemas na cicatrização,
lesões de nervo podendo levar a paralisias temporária ou permanente, necessidade de novas
cirurgias, lesões vasculares, trombose e embolia pulmonar, reações à anestesia e morte.
Nota
O material contido neste site é apenas de caráter informativo, não podendo substituir
a avaliação médica.
Para diagnóstico e tratamento adequados, você deve sempre consultar seu
médico assistente.
As siglas XLIF, LLIF, DLIF, OLIF, são abreviações do inglês e significam a cirurgia via
lateral da coluna lombar.
XLIF – eXtreme Lateral Interbody Fusion
LLIF- Lateral Lumbar interbody Fusion
DLIF- Direct Lumbar Interbody Fusion
OLIF- Oblique Lumbar Interbody Fusion
Cirurgia da Coluna Torácica
A cirurgia da coluna torácica é um procedimento realizado para tratar condições que afetam a região torácica da coluna vertebral, que é composta por 12 vértebras na parte superior das costas. Algumas das condições que podem ser tratadas com a cirurgia da coluna torácica incluem:
- Escoliose torácica: uma curvatura anormal da coluna vertebral na região torácica;
- Fraturas vertebrais: fraturas ósseas nas vértebras torácicas;
- Tumores espinhais: crescimentos anormais na coluna vertebral que podem causar dor e outros sintomas;
- Hérnias de disco torácicas: protuberâncias do disco intervertebral que podem comprimir os nervos espinhais e causar dor, normalmente são hernias calcificadas e que causam grande dano neurológico ao paciente
Existem várias técnicas cirúrgicas que podem ser utilizadas na cirurgia da coluna torácica, dependendo da condição específica que está sendo tratada. Algumas das técnicas comuns incluem a descompressão da coluna vertebral, que envolve a remoção de tecidos que estão pressionando os nervos espinhais, a fusão vertebral, que une duas ou mais vértebras adjacentes para melhorar a estabilidade da coluna vertebral, e a colocação de dispositivos de fixação vertebral, como parafusos e hastes, para manter a coluna vertebral estável durante o processo de cicatrização.
Cada caso é único, e o tipo de cirurgia mais apropriado para uma determinada condição depende de uma variedade de fatores, incluindo a gravidade da condição, a idade e a saúde geral do paciente, e outros fatores específicos da anatomia da coluna vertebral. É importante discutir todas as opções de tratamento disponíveis com seu médico e obter uma avaliação completa de todos os riscos e benefícios antes de decidir pela cirurgia.
Escoliose
A escoliose é a alteração no plano coronal da coluna vertebral, uma inclinação lateral com rotação da vértebra maior que 10 graus, valores menores que 10 graus são considerados assimetrias da coluna, ou seja, quando analisamos um exame de imagem, normalmente uma radiografia panorâmica da coluna vertebral, e verificamos um desvio maior de 10 graus na coluna lombar, torácica ou cervical, está caracterizada uma escoliose.
As escolioses atingem a 2-3% da população, sendo classificadas com a idade de seu surgimento: infantil (nascimento até 3 anos), juvenil (3-10 anos) e adolescente (depois dos 10 anos). Uma classificação alternativa é de início precoce, com 0-5 anos, e início tardio, depois dos 5 anos.
Verifica-se uma incidência maior no sexo feminino, sendo que, nas meninas, há uma chance 10 vezes maior de elas necessitarem de intervenção cirúrgica.
É importante observar, na escoliose, se haverá progressão da curva; quanto mais jovem o paciente e mais angulada a curva, maior chance de progressão, mesmo curvas pequenas podem progredir muito durante a fase de crescimento.
Progressão da escoliose com angulações muito altas podem levar a problemas respiratórios devido a deformidades na cavidade torácica, problemas do coração e dor na fase adulta em razão da própria deformidade da coluna, além da questão quanto ao fator estético.
Para que isso NÃO ocorra o importante é:
– Diagnosticar a escoliose o mais breve possível.
– Monitorar sua progressão.
– Intervir quando necessário.
Escoliose idiopática do adolescente
É o tipo mais comum de escoliose e representa cerca de 80% dos casos, mais comum em adolescentes entre a idade de 10-16 anos. O termo idiopático é utilizado na medicina quando a causa não é conhecida, ou seja, ainda não temos certeza quanto ao que causa a escoliose. Há uma pesquisa contínua sobre a causa da escoliose idiopática, mas já temos conhecimento que há um fator genético.
A escoliose idiopática pode ou não progredir, os fatores mais importantes para determinar a progressão são o tamanho da curva e a fase de crescimento que se encontra o paciente. Quanto maior a curva e mais novo o paciente, maior a probabilidade de evoluir para uma deformidade importante. A intervenção cirúrgica no tempo certo impede essa progressão e o aumento da deformidade.
Por isso, é importante que o paciente com escoliose visite seu médico especialista, em um período de 3-6 meses, para ser examinado e solicitado novas radiografias a fim de avaliar se há progressão da curva e a maturidade óssea.
Opções de tratamento:
Observação – paciente com curvas pequenas entre 10-25 graus deve ser monitorizado com visitas periódicas e radiografias para verificar se há aumento da curva.
Colete – paciente em fase de crescimento com curvas entre 25-45 graus pode alcançar benefícios com o uso do colete, para não haver progressão da curva, e pode ocorrer alguma correção da curva.
Os coletes são feitos sob medida, usando materiais confortáveis, aplicando pressão sobre o tronco e sobre a pelve, fazendo com que a coluna vertebral fique na posição mais reta possível.
Normalmente, o colete, para ter efeito, deve ser usado por períodos longos, durante o dia e mesmo na hora de dormir. Para alguns pacientes, o colete é uma medida temporária até atingirem maturidade óssea para a cirurgia.
Cirurgia – não é somente o tamanho da curva que indica a cirurgia, outros fatores como o alinhamento sagital, a rotação da vértebra e a maturidade óssea influenciam na indicação cirúrgica.
Comumente, tem indicação cirúrgica
Pacientes com curvas torácicas em progressão maiores de 45 graus, com maturidade óssea incompleta ou perto da maturidade óssea.
Curvas torácicas maiores de 50 graus, com maturidade óssea completa.
Curvas lombares maiores de 40 graus também se beneficiam com a cirurgia.
Recuperação após a cirurgia
Normalmente, o tempo de internação hospitalar são de 5 dias, em casa, recuperação por 2 a 3 semanas e, após 1 mês, retorno às atividades como escola, após 6 meses, retorno a todas as atividades normais, sendo que, geralmente, após a cirurgia, não será necessário o uso de colete.
- Radiografia panorâmica da coluna normal sem escoliose
- Radiografia panorâmica da coluna com escoliose
Radiografia panorâmica da coluna
com escoliose torácica de 50
Radiografia da coluna pois correção da escoliose torácica e com correção
compensatória da escoliose lombar
Microdiscectomia Lombar
Nome utilizado para a cirurgia de retirada da hérnia de disco lombar.
Com o uso do microscópio que pode aumentar a visão em até 4x , fazemos a cirurgia com mínima incisão é mínimo afastamento muscular permitindo ao paciente uma recuperação mais rápida e retorno a sua vida normal.