Dor aguda
A maioria terá resolução ou de forma espontânea ou com tratamento conservador. O paciente deve ser manter ativo e retornar as suas atividades o mais breve possível.
Dor crônica
O tratamento inicial será sempre que possível conservador, com medicação, fisioterapia e reabilitação. Caso a dor seja debilitante e o paciente esteja no ciclo de dormir mal, acordar sem energia pouca disposição e aumento da dor o tratamento se faz com a equipe multidisciplinar onde estão envolvidos os psicólogos, neurologistas, fisioterapeutas a fim de quebrar esse ciclo e reabilitar o paciente para sua vida normal e retorno às suas atividades e ao trabalho.
Sempre recomendamos manter atividade física, exercícios orientados por um profissional qualificado e o melhor tratamento para dor crônica principalmente a debilitante. Os exercícios devem ser individualizados e orientados por um fisioterapeuta especialista em coluna e podem ser realizados em casa sem ajuda de equipamentos específicos. Recomendamos fortemente o retorno ao trabalho mesmo com dor.
Medicações
Quando necessário o uso de medicações, nossa primeira linha são analgésicos e antiinflamatórios.
A hérnia de disco lombar é causada pela ruptura da cápsula do disco (anulo fibroso) com extravasamento do núcleo e compressão de uma raiz nervosa. Pode causar dor nas costas, mais frequentemente causa dor intensa em membro inferior mais comum abaixo do joelho. Pode levar a dano permanente do nervo se não tratada de forma adequada.
Ocorre com mais frequência em pacientes mais jovens e está associado a dor de início súbito, principalmente após alguma atividade física como levantar peso com dor irradiando para o membro inferior normalmente a perna seguindo o trajeto do nervo comprometido.
Apesar da dor intensa, mais de 90% das hérnias terão resolução sem tratamento cirúrgico, o tratamento inicial de pacientes com hérnia de disco, são medicações como analgésicos e antiinflamatórios, caso a dor seja muito intensa uso de opióides. O tratamento cirúrgico fica reservado para pacientes que evoluem com déficit neurológico, dor refratária e incapacitante.
O melhor tratamento cirúrgico para hérnia de disco é a microdiscectomia, cirurgia realizada via microscópio onde se retira o fragmento herniado e descomprime o nervo comprometido. Não há utilização de próteses e normalmente paciente recebe alta no dia seguinte.
Recidiva de hérnia, ou seja, recorrência da hérnia de disco lombar após microdiscetomia pode ocorrem em 5-10%. Caso a dor novamente for só na perna, o paciente tem benéfico de operar de novo com retira do fragmento herniado caso tenha um componente de dor lombar pode ter o benéfico da artrodese lombar.
O mecanismo é semelhante ao da hérnia lombar. Um fragmento do núcleo do disco comprime ou irrita o nervo, que causa um dor no trajeto do nervo indo para o membro superior do lado acometido .
O tratamento inicial é conservador, com uso de analgésicos, antiinflamatórios e opioides quando a dor é muito intensa e por um período curto.
O tratamento cirúrgico esta indicado para pacientes, que evoluem com déficit ou dor refratária a medicação, nas hérnia de disco cervical como hérnia lombar o procedimento pode ser realizado via posterior onde só retira o fragmento exposto e descomprime o nervo.
Porém como a maioria das hérnias cervicais tem um componente medial, o procedimento é realizado via anterior, por via posterior haveria manipulação da medula o que é perigoso, poderia causar dano neurológico. A cirurgia é feita via microscópio e se retira todo o disco cervical sendo necessário o uso de uma prótese ou o próprio osso do paciente retirado da crista ilíaca é utilizado para realizar a artrodese do nível operado.
Escoliose é uma condição médica, em que a coluna vertebral apresenta uma curvatura lateral anormal. Essa curvatura pode ser leve ou grave e pode afetar qualquer parte da coluna vertebral, incluindo a região cervical, torácica ou lombar.
A escoliose pode ser congênita (presente no nascimento), idiopática (sem causa conhecida) ou secundária a outras condições, como doenças neuromusculares, lesões ou infecções. A maioria dos casos de escoliose idiopática ocorre em crianças e adolescentes em fase de crescimento.
Os sintomas da escoliose podem incluir dor nas costas, fadiga muscular, desigualdade na altura dos ombros ou da pelve e uma aparência assimétrica da coluna vertebral.
O tratamento para a escoliose depende da gravidade da curvatura e pode incluir o uso de coletes ortopédicos, fisioterapia ou cirurgia em casos mais graves. O acompanhamento médico regular é fundamental para monitorar a progressão da curvatura e ajustar o tratamento conforme necessário
Por isso, é importante que o paciente com escoliose visite seu médico especialista num período de 3 – 6 meses, para ser examinado e solicitado novas radiografias para avaliar tanto se há progressão da curva e a maturidade óssea.
Opções de tratamento
Observação – Paciente com curvas pequenas entre 10-25 graus devem ser acompanhados com visitas periódicas e radiografias para verificas se aumento da curva.
Colete – paciente em fase de crescimento com curvas entre 25-45 graus podem ter benefícios no uso do colete, até para não haver progressão da curva e pode acontecer alguma correção da curva. Os coletes são feitos sob medida usando matérias mais confortáveis e aplicam pressão sobre o tronco e a pelve, fazendo com que a coluna vertebral fica na posição mais reta possível.
Normalmente, para o colete ter efeito, deve ser usado por períodos longo durante o dia mesmo na hora de dormir. Para alguns pacientes, o colete é uma medida temporária até atingirem maturidade óssea para a cirurgia.
Cirurgia – não é somente o tamanho da curva que indica a cirurgia, outros fatores como o alinhamento sagital, a rotação da deformidade e maturidade óssea. No geral, pacientes com curvas torácicas em progressão maiores de 40 graus, com maturidade óssea incompleta ou perto da maturidade e curvas torácicas maiores de 50 graus com maturidade óssea completa e curvas lombares maiores de 40 graus se beneficiam da cirurgia
Recuperação pós cirurgia
Normalmente o tempo de internação hospitalar são de 5 dias, em casa recuperação por 2 a 3 semanas e após 1 mês retorno as atividades como escola, após 6 meses retornas as todas as atividades normais, normalmente após a cirurgia não é necessário o uso de colete.
Como o envelhecimento o canal vertebral (espaço da coluna onde passa os nervos e a medula), tende a se estreitar devido a uma combinação de fatores como abaulamento discais , surgimento de osteofitos, hipertrofia das facetas e espessamento dos ligamentos amarelos ocasionando a compressão da medula e dos nervos que passam pelo canal.
O sintoma mais comum da estenose do canal vertebral são dor e dormência nas pernas que aumentam ao andar ou ficar em pé e melhora ao fletir a coluna ou sentar quadro conhecido como claudicação neurogênica.
Caso a estenose se torne severa os sintomas se tornam constante levando a debilidade importante ao paciente com dificuldade de caminhar poucos metros e pode causar dano neurológico permanente.
Tratamento inicial
– medicações como analgésicos e antinflamatórios
Bloqueio com corticóides
Fisioterapia visando o fortalecimento abdominal e dos músculos paravertebrais
Caso não haja alivio dos sintomas e o paciente progredir com mais dificuldade em deambular, o tratamento cirúrgico está indicado.
Tratamento cirúrgico
Tipos de cirurgia
Laminectomia descompressiva sem artrodese – remoção de toda lamina da vertebra, osso que faz a parte posterior da vertebra, descomprimindo as estruturas nervosas optamos por este tipo de cirurgia em paciente mais velhos que já tem a coluna com fusão óssea e alguma morbidade que necessite de cirurgias mais rápidas.
laminectomia descompressiva com artrodese – Acreditamos que toda estenose se deve a alguma instabilidade da coluna, já presente no paciente e ao realizar a laminectomia descompressiva geramos mais instabilidade, sendo assim, se faz necessário o uso de instrumentação (parafusos, barras e cages) e enxerto ósseo para estabilizar a coluna e ocasionar um processo de fusão óssea que e o objetivo da artrodese atingido normalmente de 6-9 meses depois da cirurgia.
Fusão óssea – significa criar um ponte óssea entre as vertebrais, através do uso de enxerto ósseo, para tratar a instabilidade o uso de instrumental é para fixar e estabilizar a coluna até que as pontes ósseas se criem processo que dura entorno de 6-9 meses.
Espondilolistese degenerativa (ELD)
A ELD pode ser definida como o deslocamento anterior da vértebra sobrejacente de um nível vertebral, decorrente de um processo degenerativo, sem defeito da pars articularis, ou seja, sem defeito ósseo . A incidência dessa doença ocorre quatro vezes mais em mulheres do que em homens, é mais frequente no espaço L4-L5. Ocorre preferencialmente entre a sexta e a sétima décadas da vida. Ao encontrar essa alteração degenerativa em um paciente com dor lombar, em 60% das vezes pode-se dizer que a dor se origina na espondilolistese.
A ELD é variável quanto aos sintomas: pode ser assintomática (descoberta casual) ou pode até apresentar incapacidade grave. Em geral, depende da intensidade do dano anatômico, do grau de mobilidade segmentar e do comprometimento neurológico. O aspecto psicológico pode alterar significativamente a manifestação da dor lombar nesses pacientes, portanto, a presença da dor isolada não deve ser o único fator considerado para decidir o tratamento.
Os pacientes podem apresentar alguns ou todos os seguintes sintomas:
• dor lombar,
• dor radicular,
• quadro de claudicação intermitente.
Devido aos diferentes tipos de evolução, é importante determinar a progressão ou não da deformidade (listese) de um paciente, e a sintomatologia para indicar tratamento conservador ou cirúrgico.
Existem fatores de risco de progressão, como a sinovite facetária, a orientação sagital das facetas, a altura do disco L4L5 e o grau de deslocamento >50%
Pacientes sem sintomas neurológicos devem ser sempre tratados de forma conservadora inicialmente, visto que 70% dos pacientes respondem a ele.
O tratamento conservador se baseia na terapia com fármacos, anti-inflamatórios para os períodos de crise de dor e terapia física, predominantemente com uma sequência de exercícios de flexão e de estabilização da coluna lombossacra.
Tratamento cirúrgico
As indicações para tratamento cirúrgico são as seguintes:
• dor lombar que não cede com tratamento conservador;
• claudicação neurogênica intermitente;
• radiculopatia;
• comprometimento esfincteriano
O tratamento cirúrgico tem por objetivo principal a descompressão e a liberação das estruturas neurais. A estabilização do segmento é um objetivo secundário que pode não ser necessário em alguns pacientes idosos e com deslocamentos já estabilizados. A descompressão e a artrodese instrumentada são o padrão recomendado para o tratamento cirúrgico dessa patologia. A falta de fusão, no médio prazo, gera resultados clínicos piores que a artrodese exitosa.
A osteoporose pode ser definida como uma doença sistêmica caracterizada pela redução da massa óssea e pela deterioração da microarquitetura do tecido ósseo. Ocorre quando há um desequilíbrio entre a reabsorção óssea pelos osteoclastos e a formação do osso novo pelos osteoblastos pode acometer todos os ossos do esqueleto principalmente a coluna vertebral.
Como consequência da fragilidade óssea, a osteoporose deixa o indivíduo predisposto a fraturas, inclusive com cargas fisiológicas (pegar um peso, registro de fraturas ao tossir ou espirrar e pacientes com osteoporose severa).
Osteoporose primária
A forma mais comum é a osteoporose primária da pós-menopausa, que começa por volta da quarta ou quinta década de vida, quando a deficiência de estrogênio exerce um papel fundamental.
Outros fatores associados ao desenvolvimento da doença são os seguintes:
• reabsorção reduzida de cálcio (no nível do aparelho digestivo);
• insuficiência de vitamina D;
• redução na produção dos fatores de crescimento relacionados à insulina;
• sedentarismo.
Os fatores de risco nutricionais mais sérios são a deficiência na ingestão ou na absorção do cálcio ou da vitamina D.
Os indivíduos com as seguintes características também correm risco de desenvolvimento da doença:
• dietas restritivas,
• síndromes de má absorção,
• consumo de álcool,
• consumo de cafeína,
• tabagismo.
A osteoporose pode também ser secundária devido ao uso de certos medicamentos:
• corticosteroides,
• anticonvulsivantes,
• metotrexato,
• heparina,
• ciclosporina.
Diagnóstico
A osteoporose não apresenta sintomas na fase inicial da doença. Portanto, o diagnóstico precoce é fundamental para prevenir fraturas.
A pesquisa da osteoporose através da densitometria óssea é indicada mediante a presença de fatores de risco.
A investigação também é utilizada nos seguintes casos:
• fratura relacionada a traumatismo de baixa energia,
• histórico de deformidade medular progressiva na vida adulta,
• redução da estatura
A osteoporose é assintomática até que ocorra uma fratura. O diagnóstico precoce é fundamental; portanto, é necessário prestar atenção para reconhecer pacientes com risco de desenvolvimento da enfermidade e indicar os exames correspondentes.
Após a primeira fratura vertebral, o paciente apresenta um risco quatro vezes maior de sofrer uma segunda fratura; depois da segunda fratura, o risco de uma terceira fratura é doze vezes maior
Exames de imagem
RX radiografia
TC tomografia computadorizada
RM ressonância magnética
Os exames de imagem são importante para o diagnóstico diferencial pois um fratura em vez de ser por osteoporose pode ser por motivos de doenças neoplásicas ou seja uma fratura maligna.
A RM é o melhor exame de imagem para definir um diagnóstico diferencial entre fratura maligna e fratura benigna.
Além da alteração do sinal do corpo vertebral, dos pedículos ou dos elementos posteriores, o exame permite visualizar adequadamente a presença de massa de partes moles extravertebral e epidural, que sugerem doença metastática.
A tomografia permite um melhor definição da estrutura óssea.
A radiografia permite ver o alinhamento da coluna vertebral, se há aumento da cifose ou perda do equilíbrio sagital ou evolução de uma escoliose.
Deve-se indicar uma biópsia nos casos em que persistam dúvidas quanto ao diagnóstico, mesmo após a RM.
A biópsia deve ser feita preferencialmente através de punção percutânea com agulha guiada por tomografia computadorizada ou radioscopia
Tratamento medicamentoso
Todos os pacientes com diagnóstico de fratura por insuficiência devem receber tratamento clínico para a osteoporose, inclusive aqueles com densitometria que demonstre osteopenia.
É preciso indicar hábitos nutricionais adequados, suprimindo o tabagismo, a ingestão de álcool e café.
Suplementos de cálcio e vitamina D devem ser prescritos, mas não devem ser usados de maneira isolada com o objetivo de prevenir fraturas relacionadas à osteoporose
Existem diversas estratégias farmacológicas para tratamento da osteoporose e, dentre elas, os bifosfonatos são os medicamentos mais utilizados. Outros medicamentos como o raloxifeno, a terapia de reposição hormonal e o uso da calcitonina também são úteis em casos específicos.
O tratamento ortopédico é indicado na grande maioria das fraturas por insuficiência vertebral. É preciso ser feito nos pacientes com fraturas estáveis, sem comprometimento significativo do alinhamento medular ou da altura da vértebra. O tratamento consiste nos seguintes procedimentos:
• uso de analgésicos;
• repouso relativo (varia de acordo com o caso);
• uso de órtese;
• medidas de reabilitação.
Para fraturas na região lombar baixa das vértebras L4 ou L5, pode ser indicado o colete de Putti lombossacro. Nos segmentos da coluna lombar alta ou coluna torácica, é necessário o uso de órtese toracolombossacra.
As órteses são utilizadas por um período de dois a quatro meses no caso de fraturas agudas ou por menos tempo quando indicadas para analgesia em pacientes com fraturas crônicas. O uso da órtese por tempo prolongado também possui inconvenientes:
• hipotrofia da musculatura estabilizadora do tronco,
• úlcera por pressão,
• redução da capacidade pulmonar.
REFORÇO VERTEBRAL
As técnicas de reforço ósseo vertebral são procedimentos minimamente invasivos, a exemplo da vertebroplastia e da cifoplastia. Devem ser indicadas para pacientes com dor persistente, sem resposta satisfatória ao tratamento medicamentoso adequado.
Os fatores associados ao sucesso da vertebroplastia ou da cifoplastia são dor localizada no local da fratura e evidência de fratura em alguma RM recente
CIRUGIAS
O tratamento cirúrgico das fraturas por osteoporose deve ser evitado sempre que possível
É indicado mediante instabilidade severa, deformidade grave, ou na presença de compressão medular ou radicular.
Uma fratura de coluna torácica ou coluna lombar geralmente são causadas por acidentes de alta velocidade, como quedas, acidentes de carro, lesões esportivas e outros atos violentos. Como resultado, os homens são quatro vezes mais propensos que as mulheres a sofrer uma fratura da coluna lombar ou região torácica. Além disso, os idosos estão em risco de fraturas da coluna lombar ou região torácica, como seus ossos são fracos e quebradiços. Outras condições que envolvem ossos enfraquecidos, tais como tumores, pode aumentar o risco de fraturas. Essas fraturas também podem causar dor na coluna lombar e danos na medula espinhal.
Pessoas que sofrem uma fratura de coluna torácica ou coluna lombar normalmente apresentam dor nas costas, que pioram com o movimento, chamamos este tipo de dor mecânica que esta relacionada ao movimento. Lesões relacionadas medula-espinhal podem causar dormência, formigamento, fraqueza, disfunção da bexiga e intestino e a perda total dos movimentos paraplegia .
A identificação dos padrões de fraturas da coluna são importante pois nos ajudam a definir a gravidade e quais lesões precisam de tratamento.
Procuramos identificar os padrões das fraturas, permitindo escolher o tratamento mais apropriado . Existem três tipos de padrões de fratura da coluna
Flexão: a fratura de compressão da coluna lombar ou região torácica ocorre quando somente a parte anterior da vértebra (corpo vertebral ) perde altura.
Extensão: A dor da fratura de coluna da coluna torácica ou a região lombar de uma lesão como uma colisão frontal é causada por vértebras separando. Estes são chamados de “flexão / distração (Chance) fraturas. “Rotação: Um “processo de fratura transversal,” que geralmente não afeta a estabilidade, é causada por uma fratura associada a rotação ou para os lados extremos (lateral) de dobragem. Um “luxação fratura”, em que as vértebras são deslocados, como alvo do osso e / ou tecido mole. Essas fraturas podem levar a dor nas costas e pescoço superior grave e lesões da medula espinhal.
São classificados de acordo com sua localização dentro do canal vertebral
-Extradurais
-Intradurais (extramedulares e intramedulares)
No início, os tumores intra-canal vertebral podem provocar quadros de dores pouco específicos e, às vezes, dores com características de comprometimento radicular além de transtornos subjetivos da sensibilidade, que dificultam seu diagnóstico precoce. Em geral, decorre-se bastante tempo antes de apresentarem um quadro neurológico claro.
Estes tumores têm usualmente uma evolução insidiosa com períodos de melhora dos sintomas, tornando mais difícil o diagnóstico. Com a evolução e o comprometimento neurológico mais acentuado, se manifestam sinais de alterações motora, sensitiva e dos reflexos, assim como alterações esfincterianas
Um diferencial dos tumores é a piora quando o paciente está deitado ou a dor noturna.
Não existe uma relação direta com o movimento da coluna vertebral e ponto que é mais frequente nestas lesões e permite diferenciá-las clinicamente de outras doenças da coluna.
A Ressonância magnética e o exame padrão ouro para se solicitar quando a suspeita de lesão no canal vertebral ou medular, pois permitir melhor visualização da medula, da coluna liquórica e da própria lesão sempre é preciso estar atento para pedir o exame no local provável da lesão e pensando sempre nos diagnósticos diferenciais, principalmente com as lesões inflamatórias.
TRATAMENTO
As neoplasias intra-raquídeas, quando são diagnosticadas, têm como indicação o tratamento cirúrgico. É discutível a indicação de cirurgia em certos pacientes assintomáticos, nos quais se faz um diagnóstico incidental. Nestes casos, deve-se fazer um balanço entre os benefícios e os riscos do procedimento cirúrgico.
A escoliose do adulto é uma curvatura anormal da coluna vertebral em pessoas adultas, que geralmente é causada por uma deformidade adquirida ao longo do tempo ou por uma condição preexistente que se desenvolveu na infância ou adolescência.
As causas mais comuns da escoliose do adulto incluem a degeneração dos discos da coluna vertebral, o desgaste das articulações facetárias, fraturas vertebrais, osteoporose, doenças neuromusculares, entre outras.
Os sintomas podem incluir dor nas costas, fadiga muscular, alterações na postura, dificuldade de respiração, limitação de movimentos e até mesmo deformidades visíveis na coluna vertebral.
O tratamento para a escoliose do adulto varia dependendo da causa, gravidade e sintomas da condição. Opções de tratamento incluem fisioterapia, medicamentos para alívio da dor, órteses, cirurgia e mudanças no estilo de vida. O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas, prevenir a progressão da curvatura e melhorar a qualidade de vida do paciente.
A doença degenerativa discal (DDD) é uma condição em que os discos intervertebrais que se encontram entre as vértebras da coluna vertebral começam a se deteriorar com o tempo, perdendo sua elasticidade e capacidade de amortecimento. Isso pode resultar em dor nas costas, rigidez e outros sintomas, dependendo da gravidade da condição.
As causas da DDD incluem fatores genéticos, envelhecimento, uso excessivo da coluna vertebral, lesões na coluna vertebral, obesidade e tabagismo. A degeneração dos discos pode levar a outros problemas de saúde, como hérnia de disco, estenose espinhal e osteoartrite da coluna vertebral.
Os sintomas da DDD podem incluir dor nas costas, rigidez, espasmos musculares, fraqueza e dormência em áreas afetadas. A dor pode piorar com a atividade física e ao sentar-se ou ficar em pé por períodos prolongados. A dor também pode irradiar para outras áreas do corpo, como pernas e braços.
O tratamento para a DDD pode incluir mudanças no estilo de vida, como perder peso, fazer exercícios de fortalecimento e alongamento, e parar de fumar. Medicamentos para alívio da dor e fisioterapia também podem ser recomendados. Em casos graves, a cirurgia pode ser necessária para aliviar a dor e estabilizar a coluna vertebral.
Nos casos cirúrgicos eu Dr. Paulo Cortez e minha equipe priorizo as técnicas menos invasivas, mas isso depende da grau de doença degenerativa e da anatomia do paciente.
A infiltração da coluna vertebral é um procedimento médico em que um medicamento é injetado em uma área específica da coluna vertebral para aliviar a dor e inflamação. É geralmente realizado em pacientes com dor crônica na coluna vertebral que não responderam a outras formas de tratamento, como fisioterapia e medicação oral.
Durante o procedimento, o médico usa uma agulha fina para injetar o medicamento diretamente na área afetada, como um disco intervertebral ou uma articulação facetária. Os medicamentos geralmente usados em infiltrações da coluna vertebral incluem corticosteroides para reduzir a inflamação e anestésicos locais para aliviar a dor.
Os benefícios da infiltração da coluna vertebral podem incluir alívio da dor e inflamação, melhorias na função física e na qualidade de vida. No entanto, é importante lembrar que a infiltração é um tratamento temporário e pode ser necessário repetir o procedimento periodicamente.
Os riscos associados à infiltração da coluna vertebral incluem infecção, sangramento, reações alérgicas, lesão nervosa e, em casos raros, paralisia. É importante discutir os benefícios e riscos da infiltração da coluna vertebral, com nossa equipe do CSC, antes de decidir sobre o procedimento.
A cirurgia lateral da coluna vertebral, também conhecida como abordagem lateral retroperitoneal, é uma técnica cirúrgica minimamente invasiva utilizada para tratar condições da coluna vertebral, como hérnia de disco, espondilolistese, estenose espinhal e deformidades da coluna vertebral.
Nesse procedimento, o cirurgião faz uma pequena incisão na lateral do abdômen e acessa a coluna vertebral por meio do espaço retroperitoneal. A partir daí, o cirurgião pode remover o tecido ósseo ou o disco intervertebral que está causando compressão ou irritação dos nervos espinhais e realizar a artrodese da coluna.
A cirurgia lateral da coluna vertebral é considerada menos invasiva do que outras técnicas cirúrgicas para a coluna vertebral, como a cirurgia aberta, Isso porque a técnica minimiza a necessidade de cortes musculares com menos danos musculares e menor perda de sangue, permitindo ao paciente um recuperação melhor e mais rápida.
ALIF é uma sigla em inglês para Anterior Lumbar Interbody Fusion, que significa Fusão Intervertebral Lombar Anterior. É um procedimento cirúrgico que envolve a remoção do disco intervertebral danificado na coluna lombar e a inserção de um dispositivo de fusão intervertebral entre as vértebras adjacentes.
Durante o procedimento, uma incisão é feita na parte frontal do abdômen e os órgãos abdominais são movidos para o lado para que o cirurgião possa acessar a coluna lombar pela frente. O disco intervertebral danificado é removido e um dispositivo de fusão intervertebral é inserido entre as vértebras adjacentes. Esse dispositivo é preenchido com enxerto ósseo, que promove a fusão óssea entre as vértebras e estabiliza a coluna vertebral.
O ALIF é frequentemente utilizado para tratar problemas de disco lombar, como hérnias de disco ou degeneração do disco. É considerado um procedimento minimamente invasivo, pois é realizado através de uma pequena incisão na parte frontal do abdômen, o que reduz o tempo de recuperação e os riscos de complicações.
No entanto, como qualquer procedimento cirúrgico, o ALIF apresenta riscos e complicações, incluindo infecções, sangramento, danos aos nervos, problemas de cicatrização e reações adversas à anestesia. É importante discutir todos os riscos e benefícios do procedimento com um médico antes de decidir se submeter ao ALIF.
A endoscopia da coluna vertebral é uma técnica cirúrgica minimamente invasiva que permite aos cirurgiões visualizarem e tratar problemas na coluna vertebral usando um endoscópio – um instrumento fino com uma câmera e uma fonte de luz.
Durante o procedimento, o cirurgião faz uma pequena incisão na pele e insere um tubo endoscópico na coluna vertebral através do uso de um guia. A câmera na extremidade do endoscópio fornece uma visão clara da área afetada, permitindo que o cirurgião possa identificar e tratar problemas na coluna vertebral, como hérnias de disco, estenose espinhal ou deformidades da coluna vertebral.
A endoscopia da coluna vertebral é considerada um procedimento menos invasivo do que as técnicas cirúrgicas convencionais, porque requer uma incisão menor e menos dano aos tecidos ao redor da área tratada. Como resultado, a endoscopia da coluna vertebral pode levar a um tempo de recuperação mais rápido, menos dor e risco reduzido de complicações.
No entanto, nem todos os casos de problemas na coluna vertebral são candidatos para endoscopia, e é importante discutir todas as opções de tratamento com um médico especialista antes de decidir qual procedimento é adequado para você.
Listese degenerativa é um tipo de listese (deslizamento de uma vertebra sobre a outra) que ocorre devido ao desgaste natural da coluna vertebral relacionado à idade. à medida que envelhecemos, a coluna vertebral passa por mudanças naturais, como o encurtamento dos discos intervertebrais e a perda de elasticidade dos ligamentos que ajudam a manter as vértebras alinhadas. essas mudanças podem levar a instabilidade na coluna vertebral e, em alguns casos, à listese degenerativa.
a listese degenerativa pode afetar qualquer parte da coluna vertebral, mas é mais comum na região lombar principalmente nos nivesi L4L5 e L5S1. Os sintomas da listese degenerativa podem incluir dor lombar crônica, rigidez, espasmos musculares e limitação de movimento. em casos mais graves, a listese degenerativa pode levar à compressão dos nervos espinhais, causando dor irradiada para as pernas e fraqueza muscular.
o tratamento para a listese degenerativa varia dependendo da gravidade dos sintomas e da extensão da lesão. o tratamento conservador pode incluir fisioterapia, uso de medicamentos para alívio da dor e medidas de autocuidado, como aplicação de calor ou gelo na área afetada e modificação das atividades diárias. em casos mais graves, pode ser necessário cirurgia para estabilizar a coluna vertebral e aliviar a pressão sobre os nervos espinhais.
é importante procurar um médico especialista em coluna vertebral para uma avaliação adequada e um plano de tratamento individualizado para a listese degenerativa.